Participação brasileira na SIAL China deve gerar US$ bi em negócios | Export News
As empresas e tradings brasileiras que participaram da edição 2017 da SIAL China com apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) registraram negócios que superaram o montante de US$ 1 bilhão.
Os valores incluem os dados das 29 empresas e tradings que ficaram no estande institucional do Brasil, as tradings que estiveram no estande da Apex-Brasil no pavilhão de carnes e ainda as empresas que estiveram na feira por meio dos projetos setoriais com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O resultado recorde obtido é o somatório dos negócios fechados durante a feira, das negociações concluídas durante a missão empresarial para a cidade de Cantão – realizada dois dias antes da feira –, e a expectativa de negócios para os próximos 12 meses dos participantes da SIAL.
Para o coordenador de promoção de negócios da Apex-Brasil, Rafael Prado, este resultado é de uma combinação de fatores que mostram que a Agência está cada vez mais compreendendo o comportamento do mercado chinês. “O bom resultado obtido na SIAL 2017 é fruto direto da seleção adequada das empresas e produtos que vieram na delegação. Trouxemos produtos condizentes com o que o mercado consumidor da China vem demandando, em especial produtos saudáveis, como açaí, castanhas e mel. Além disso, posicionamos as tradings do mercado de carne em um pavilhão que deu maior visibilidade ao produto brasileiro, o que ajudou a alavancar as vendas destas empresas. Por fim, é importante destacar o trabalho de mentoria que fizemos com cada uma das empresas que vieram para que chegassem com um discurso calibrado para o público chinês. O somatório destes fatores foi essencial para este bom resultado”, avalia.
Além da participação na feira, a missão empresarial para a China também foi palco de reuniões entre equipes da Apex-Brasil e das principais plataformas de e-commerce chinesas. Segundo Prado, as negociações com empresas como Yiguo e Alibaba podem ser muito importantes para se chegar ao consumidor final chinês, “em especial para a pequena e média empresa. Nosso objetivo é montar ainda este ano uma seleção de empresas interessadas e com capacidade de atendimento para um primeiro teste”.
Missão a Cantão
Além das reuniões de negócios entre exportadores brasileiros e compradores e distribuidores chineses e dos países do sudeste asiático que visitam a SIAL, a Apex-Brasil realizou uma missão comercial dois dias antes da feira, dia 15 de maio, para a região de Cantão. Ao longo do dia, 12 empresas representando diversos produtos participaram de rodadas de negócios (matchmaking e mentoria de negócios) com o público importador da região e a visitas técnicas de acordo com os segmentos das empresas participantes. Foram 173 encontros, uma média de 15 rodadas de negociação por empresa, e o resultado obtido foi de US$ 48,4 milhões de negócios gerados, em linha com a expectativa.
Avaliação positiva das empresas
O saldo positivo também foi percebido pelas empresas participantes.
De acordo com o gerente de exportação da Triunfo do Brasil, Marcello Oikawa, parte importante do sucesso na feira, foi no pavilhão Brasil. “Já fiz outras feiras na China, e não tive tanto sucesso como na SIAL deste ano. Para nós, pequenos exportadores, participar de grandes feiras é primordial. É daqui que vem a captação de clientes e novos negócios. No nosso caso é ainda mais importante já que vendemos 100% da produção para o exterior. Quando vamos escolher qual feira vamos participar, a primeira coisa que olhamos é se a gente vai ter suporte da Apex-Brasil. O apoio da agência é primordial para o sucesso na feira. Já fiz feiras sozinho, e em geral o resultado é ruim”, afirma.
Já o diretor proprietário da Amazon Brasil Group, Ricardo de Rosa, avalia que participar da SIAL é abrir importantes portas para a Ásia, em especial os mercados da China, Japão e Coreia, e que, este ano, o resultado foi o melhor. “Já fiz outras feiras, inclusive com a Apex-Brasil, e estou bastante impressionado e satisfeito com a SIAL Shanghai. Foi a melhor que vi, pelos estandes, pela facilidade, por todo o processo conduzido pela equipe. Acho que com os anos, a experiência vai fazendo com que fique sempre melhor e mais fácil”.
Para o empresário Marcelo Barth, da Silvertrade, empresa trading e de logística com escritório na região de Shenzhen, tão importante quanto participar da SIAL é o investimento na promoção da imagem do Brasil. “Participamos da feira desde 2014. O trabalho da Apex-Brasil foi fundamental para chegarmos ao atual estágio que estamos. Mais importante ainda é o trabalho de promoção da marca Brasil, de incentivar o chinês a conhecer a cultura brasileira. Hoje, um dos grandes gargalos é o fato de que o chinês ainda conhece pouco do nosso país. Este trabalho institucional que está sendo feito junto com o Itamaraty é fundamental”.
Mesmo com o resultado muito além do esperado, as empresas brasileiras ainda precisam compreender melhor as especificidades e tecnicidades do mercado chinês se quiserem ter uma presença mais consolidada no país. “É preciso focar em detalhes técnicos, como adaptação de produtos, rotulagem e embalagem, e certificações, por exemplo. A estrutura da Apex-Brasil na China está à disposição para apoiar os empresários quando houver qualquer dúvida com estes temas”, informa o gerente do Núcleo China, Augusto Castro.
Parceria Apex-Brasil e CNI
Ainda no contexto da participação brasileira nesta edição da SIAL China, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), ao lado da Federação das Indústrias do Estados de São Paulo (FIESP) e em parceria com a Apex-Brasil, liderou uma Missão Prospectiva em apoio a 14 empresas de diferentes maturidades exportadoras com interesse no mercado chinês. Além de visitas guiadas a Feira SIAL China e visitas técnicas a indústrias e potenciais parceiros no país, foi possível apresentar aos participantes as características do mercado, hábitos de consumo, perfis de concorrentes, além de outras práticas locais.
Da Apex-Brasil / via Portal Export News em: Participação brasileira na SIAL China deve gerar US$ bi em negócios | Export News