Brasil deve perder exportações de carne e já sente concorrência com EUA na China | Brasil | EL PAÍS Brasil

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por EL País Brasil /G. Alessi e H. Mendonça

03/07/2017 – Nas últimas semanas, o setor de exportação de proteína bovina do país sofreu dois duros golpes, com potencial para abalar ainda mais um mercado que se recupera dos impactos da Operação Carne Fraca. No dia 20 de junho, a China, um dos maiores importadores do produto nacional – o país asiático comprou 736.576 toneladas de carne do Brasil no ano passado – , anunciou que iria abrir seu mercado de carne para os Estados Unidos. Isso bastaria para deixar os frigoríficos nacionais em polvorosa, mas foi apenas o começo de uma semana indigesta. No dia 22 de junho, os Estados Unidos baniram temporariamente a importação de carne brasileira in natura, alegando um excesso de abscessos ( acúmulo de pus no tecido do animal) nas amostras examinadas.

Dois dias antes, o Ministério da Agricultura já havia barrado as exportações de cinco frigoríficos para os EUA, alertados pela vigilância sanitária local. As plantas da Marfrig em São Gabriel (RS), Promissão (SP) e Paranatinga (MS), uma da JBS, em Campo Grande (MS), e uma da Minerva em Palmeiras de Goiás (GO). Era o início do fim de um acordo que tardou quase duas décadas para ser fechado. O mercado americano foi aberto ao produto brasileiro só em 2015, após 17 anos de muitas negociações. De janeiro a maio, foram exportadas mais de 11.000 toneladas aos americanos, equivalentes a cerca de 49 milhões de dólares. Isso representa apenas 2,7% do total de exportações brasileiras de carne fresca. A China, o principal importador, adquiriu no período 52,88 mil toneladas de carne bovina in natura, ou 219,7 milhões de dólares, conforme a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC). Embora o volume de exportação ainda não seja relevante, o mercado americano, conhecido por sua rigorosa fiscalização e padrões de qualidade para a importação de alimentos, acaba servindo de referência para que outros importadores decidam comprar carne brasileira. Uma missão do Ministério da Agricultura segue para os EUA neste mês para tentar reverter o quadro.

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