Brasil é referência nas ações de enfrentamento ao vírus Zika, aponta ONU | Ministério do Desenvolvimento Social
POLÍTICAS PÚBLICAS: Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, apresentado nesta terça-feira (15), mostra os impactos socioeconômicos da epidemia na América Latina e Caribe
De acordo com o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Alberto Beltrame, o documento evidencia que as ações intersetoriais do governo brasileiro para combater o mosquito Aedes agypti, mobilizar a sociedade e acolher as famílias são exemplo para o mundo.
“A ação em conjunto entre vários órgãos é extremamente importante para auxiliar as famílias, as mães e as crianças a enfrentar o problema. A parceria com o Ministério da Saúde, por exemplo, foi relevante para o diagnóstico da doença. O braço e a mão amigos da assistência social e da rede de saúde ampararam e confortaram as famílias com bebês acometidos pelo zika”, destacou ele, nesta terça-feira (15), durante o lançamento do relatório em Brasília.
Na avaliação do diretor de País do Pnud, Didier Trebucq, o Brasil teve uma resposta eficaz nas campanhas realizadas em parceria com os governos estaduais e municipais.
“Agora é importante o planejamento para evitar impactos maiores no futuro no que tange à microcefalia. Também é fundamental continuar com as medidas sociais para ajudar, principalmente, as pessoas que vivem em áreas mais vulneráveis, que são apontadas no relatório como as mais afetadas”.
O relatório apontou que o zika é responsável por perdas no Produto Interno Bruto (PIB) estimadas entre US$ 7 e US$ 18 bilhões – o equivalente a R$ 22 bilhões e R$ 56 bilhões, respectivamente – na América Latina e Caribe.
O estudo de caso, feito a partir das ações desenvolvidas no Brasil, na Colômbia e no Suriname, mediu os impactos socioeconômicos nos países e nas comunidades mais vulneráveis, além de analisar as respostas institucionais.
Até este ano, 48 países confirmaram casos do vírus, sendo que o maior número de infecções nos países foi registrado durante o ano de 2016, com queda em 2017.
O documento foi elaborado em parceria com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC), com a colaboração do Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal) e a Universidade Johns Hopkins (JHU).
Ações – Durante o lançamento do relatório, foram apresentadas as ações desenvolvidas pelo MDS, como a implementação do Centro Dia – serviço especializado para atender de forma continuada crianças vítimas da microcefalia causada pelo vírus Zika.
Outro destaque foi a articulação entre o Sistema Único de Assistência Social (Suas) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para que as famílias dessas crianças tivessem acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Segundo o documento, “o vírus zika expôs deficiências nos sistemas de saúde existentes em alguns lugares e reforçou a necessidade de fortalecer ou introduzir novos instrumentos de proteção social para as famílias afetadas. O Brasil mostrou liderança exemplar ao preparar um pacote de benefícios sociais, integrante do Sistema Único de Assistência Social (Suas), tais como o Benefício de Prestação Continuada (BPC)”.
Leia aqui o relatório Avaliação do impacto socioeconômico do vírus Zika na América Latina e Caribe.
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